Resposta: Estas perguntas são muito difíceis, visto que o ideal é que a pessoa leia os próprios manuscritos nas línguas originais. Assim sendo, a pessoa deveria ler o Tanach (Primeiras Escrituras/“Hebraico”) em hebraico, e os Ketuvim Netsarim (Escritos Nazarenos/“Novo Testamento”) em hebraico e aramaico. Para aqueles que pensam que o “Novo Testamento” foi escrito em grego, tal língua deveria ser usada. Ainda que pessoalmente não creiamos na primazia da Língua Grega, os manuscritos nesta língua são muito importantes para fins de Crítica Textual.
Todavia, sabemos que poucas pessoas são fluentes em línguas antigas, visto que o domínio de tais idiomas demanda muito tempo e dedicação, bem como bastante dinheiro, tendo em vista que haverá a necessidade da realização de diversos cursos e a aquisição de inúmeros livros didáticos, gramáticas, léxicos e dicionários, dentre outros.
Por tal razão, passamos a orientar as pessoas em relação às Bíblias em Língua Portuguesa.
Inicialmente, cabe destacar que não existe tradução perfeita da Bíblia. Por quê? Porque todos os tradutores são seres humanos falíveis, e por tal motivo não estão imunes aos erros. Ademais, muitas palavras estrangeiras possuem diversos significados possíveis, razão pela qual o tradutor, por melhor que seja, deverá escolher apenas um significado, cujo resultado será a exclusão de outros sentidos. Por conseguinte, muitas vezes haverá casos em que a tradução, ainda que bem intencionada, implicará a redução do significado de determinados vocábulos, impedindo que o leitor vislumbre outros sentidos do texto.
Acresce registrar que toda tradução envolve também a interpretação do texto estrangeiro, e muitos erros advêm daí, principalmente em razão de os tradutores desconhecerem o contexto judaico subjacente ao texto. Em outras palavras, para se traduzir uma Escritura judaica, é necessário que o tradutor conheça profundamente a cultura judaica da época! É neste ponto que muitos tradutores falham: conhecem a língua estrangeira, mas são néscios quanto ao contexto histórico-social-religioso.
Não obstante todas as dificuldades apresentadas, pensamos que a leitura da Bíblia é salutar e não deve ser descartada pelos fiéis ao ETERNO! Vale a pena ler e estudar a Bíblia! Tentar viver sem ler a Bíblia é como ser um peixe tentando viver em terra seca.
Ante tais considerações, àqueles que não dominam as línguas originais, sugerimos que seja feito estudo comparativo de diversas versões em Língua Portuguesa: Almeida Revista e Atualizada, Bíblia de Jerusalém, Bíblia Judaica Completa, Novo Testamento Interlinear Grego-Português e Antigo Testamento Interlinear Hebraico-Português, dentre outras[1].
Também sugerimos a Peshitta em Aramaico-Português elaborada pelo Rosh Tsadok Ben Derech, que é a única versão em Língua Portuguesa verdadeiramente legítima e confiável.
Mister observar que existem Bíblias que se apresentam com tom judaico ou de confiabilidade, mas são péssimas versões, razão pela qual não recomendamos: 1) Versão Verdadeiro Nome[2]; 2) Bíblias Peshitta “piratas” (a única versão confiável em Língua Portuguesa é a elaborada pelo Rosh Tsadok Ben Derech); 3) As Imaculadas Escrituras; 4) Bíblia Israelita.
[1] Exemplo: certa vez fui proclamar a verdade a uma pessoa católica, então, usei a Bíblia “Ave Maria” da Igreja Católica para demonstrar que tal Escritura condena as práticas do Catolicismo Romano.
[2] Eis um vídeo apontando inúmeros erros desta Escritura: https://www.youtube.com/watch?v=c0PCZulbOWk